Este instrumento
insere-se num tipo muito usual para a época, quer
quanto à parte técnica, quer na parte estética.
Com efeito, por uma
questão de moda, que juntava também a parte económica,
uma vez que se viviam tempos pós Guerra mundial, era
comum os órgãos não terem um móvel clássico, com uma
estrutura bem definida, como no passado, quedando-se
somente por uma fachada serial de tubos, que escondiam o
interior do instrumento.
Na parte técnica,
estava-se ainda na época da revolução e experimentação
eléctrica, antes da grande revolução digital.
Este
instrumento, tecnicamente, é um dos mais evoluídos da
firma Ruffatti, entre os vários que construiu em
Portugal, como por exemplo, Basílica de Fátima,
Seminário de Leiria, Igreja dos Prazeres e Mosteiro
Beneditino de Singeverga. |
A consola apresenta
alguma evolução eléctrica, em relação a outros
instrumentos que conheço. Quanto aos sistemas de ar
interior, o espaço deveria ser mais amplo, para que
fosse mais fácil o acesso aos sistemas
electropneumáticos.
O instrumento apresenta
alguns problemas, principalmente em relação ao I teclado
e pedaleira. Numa primeira abordagem constatou-se que o
II manual se pode ainda tocar com alguns registos. |