• Sonata de Clarines

• Aria Quarta com Variações

• Récit de Nazard

• Ofertório

• Tenção

• Tenção sobre o quinto "Kyrio de Santa Maria "

• Salve Regina

• Voluntary em Ré maior

• Coral :" O que se deixa guiar pelo bom Deus":
  • Coral
  • Dois prelúdios corais

• Prelúdio e Fuga em Mi menor

             O órgão é um instrumento que se caracteriza pelos seus mistérios sonoros imersos numa dimensão de grandiosidade considerável. Nas suas diferentes facetas, é um instrumento que vai reconquistando o seu verdadeiro lugar no campo da cultura e da acção litúrgica. É um instrumento de que se vai aprendendo a gostar, à medida que o contacto directo com a respectiva literatura musical consegue desvendar uma beleza e prazer estético a que muito dificilmente se pode ficar indiferente. E se, na sua essência,  a música de órgão se destina a elevar as nossas almas para Deus, mais razões temos para lhe restituir o lugar que lhe compete no nosso mundo.

                O programa deste concerto integra um repertório dentro do que se pode considerar campatível com as características particulares dos diferentes Órgãos: um ou dois teclado de oitava curta e uma grande variedade de meios-registos inteiros; a sonoridade particular das palhetas e algumas possibilidades na realização de contrastes sonoros são exploradas nos diferentes tipos de repertório.

                Procurámos dar um relevo particular aos autores bracarenses do séc. XVII que fazem parte do repertório tradicional da época e do órgão ibérico: Gaspar dos Reis que foi mestre de capela da Sé de Braga (depois de 1640?) e Pedro de Araújo que foi professor de música no Seminário Conciliar. Ao tradicional repertório ibérico juntam-se, neste concerto, as particularidades tímbricas do repertório francês e a sonoridade plena do repertório germânico com alguns dos mais importantes autores da literatura organística barroca: Pachelbel,  Bruhns, e Johann Sebastian Bach.e G. F. Haendel.