14.04.03-21:30 | CONCERTO DE ÓRGÃO (órgão electrónico) |
Local | Valença - Igreja de Santo Estêvão |
Organista | Jorge Alves Barbosa |
PROGRAMA | |||
Prelúdio e Fuga em Sol
menor
- DIETRICH BUXTEHUDE (1637-1707) Coral "Ó Cordeiro inocente" - J. S. BACH (1685-1750) Coral "Homem, chora teus pecados" - J. S. BACH (1685-1750)
Coral "Tem piedade de mim, Senhor" - J. S. BACH (1685-1750) Evocação da Capela Sistina - FRANZ LISZT (1811-1886) Coral "Ó Deus Santo" - JOHANNES BRAHMS (1833-1897)
"Jésus accepte la souffrance » - O. MESSIAEN (1908-1992)
Prelúdio do "Tríptico Litúrgico" - MANUEL FARIA (1916-1983) Toccata e Fuga op. 59, n. 5 e 6 - MAX REGER (1873-1918) |
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NOTAS DO PROGRAMA O presente concerto pretende constituir-se como oportunidade para uma meditação sobre a Paixão de Jesus Cristo e a sua relação com a vida de cada crente, aliás dentro do objectivo e estruturação que normalmente norteia os meus concertos temáticos e a quadra em que se insere. Articula-se na base de de três pilares fundamentais: um "Prelúdio e Fuga" como introdução e ambientação para o espaço litúrgico em que se desenrola; a "Evocação da Capela Sistina" de Liszt que não é mais que a ressonância dos cânticos do Coro Pontifício de Roma na mente do composito, autor também de uma "Via Crucis" para órgão e coro; aqui escutamos os ecos dos conhecidíssimos cânticos "Miserere" de Gregório Allegri e "Ave Verum Corpus" de W. Mozart. A "Toccata e Fuga" de Max Reger, como conclusão, poderia introduzir-nos também no ambiente festivo da ressurreição. Entre estes três pilares, temos dois grupos de três peças: o primeiro grupo com três Corais de Bach que exprimem o ambiente penitencial, delineado pelos textos que lhes servem de comentário; o segundo grupo apresenta três estados de alma de outros tantos compositores de linguagem musical mais recente: Brahms, Olivier Messiaen e o compositor bracarense Manuel Faria, também com o respectivo comentário. A Paixão de Cristo foi uma inspiradora privilegiada do repertório musical e organístico, de que são testemunha paradigmática os inúmeros Corais de Bach e as grandes Oratórias sobre a Paixão de Cristo, segundo S. Mateus e S. João, deste mesmo compositor. Tratava-se, em qualquer dos casos, de uma forma de ajudar a meditação dos textos sagrados e num contexto predominantemente litúrgico. É esse o nosso objectivo: criar um ambiente de fruição artística, sem dúvida, mas também de uma experiência espiritual para a qual a música permanece um inestimável e insubstituível veículo. Afinal, restituir à própria liturgia aquelas obras que dela e para ela nasceram. |