Desde a sua primeira edição, o Festival
Internacional de Órgão de Lisboa preocupou-se em apresentar uma
programação que contribuísse para preencher o vazio existente em
Portugal, e particularmente em Lisboa, no que diz respeito à arte
organística nas suas múltiplas vertentes – as diferentes
abordagens do repertório, a audição dos instrumentos existentes, a
valorização e afirmação do Órgão como parte integrante do nosso
património –, procurando trazer ao contacto do público não só
intérpretes consagrados, que se transformaram em referências
obrigatórias para a história da execução organística, mas também
uma nova geração de organistas, eventualmente ainda pouco
conhecidos mas nem por isso de menor valor artístico.
Na sua sétima edição, o Festival de Órgão de
Lisboa prossegue o trajecto definido desde a sua criação. A
execução do grande repertório organístico estará presente em
concertos dedicados a Johann Sebastian Bach, à época de ouro da
música de órgão ibérica e italiana, à grande música romântica.
Simultaneamente, teremos a oportunidade de ouvir, talvez pela
primeira vez, repertório menos conhecido, como a música sacra de
Duke Ellington (1899-1974), num duo também pouco usual de Saxofone
e Órgão, ou a música espanhola para órgão do século XIX.
Seria impensável deixar passar o ano de 2004 sem
homenagear um dos nossos mais ilustres compositores: Carlos Seixas
(1704-1742). Por ocasião da passagem dos trezentos anos sobre o
seu nascimento, quisemos dedicar-lhe um concerto no qual serão
executadas algumas das suas obras mais conhecidas e
representativas. Pretendeu-se também destacar, por ocasião da
passagem dos 350 anos sobre a data da sua morte, um outro
importante compositor: Francisco Correa de Arauxo (1584-1654).
Autor de um conjunto notável de obras para órgão, Correa de Arauxo
foi também um distinto pedagogo, responsável por um
importantíssimo tratado teórico sobre a execução organística do
seu tempo, o qual constitui ainda hoje uma fonte de informação
para todos quantos desejam aproximar-se da execução da música de
órgão do século XVII na Península Ibérica.
Sem pretender esgotar nesta introdução a
programação para o ano de 2004, a Direcção Artística do Festival
Internacional de Órgão de Lisboa deseja que, uma vez mais, os
órgãos de Lisboa enriqueçam a nossa cidade através dos seus
timbres e harmonias e assumam o lugar de destaque que sempre
tiveram e para que foram construídos.
João
Vaz · António Duarte
DIRECTORES ARTÍSTICOS |
Sé Patriarcal de Lisboa - Largo da Sé
Electricos: 12, 28
Autocarro: 37
Igreja de São Vicente de Fora -
Largo de S. Vicente
Eléctrico: 28
Igreja de São Roque - Largo Trindade Coelho
Eléctrico: 28
Autocarros: 58, 100
Metro: Baixa/Chiado
Igreja de São Luís dos Franceses - Portas de
Sto. Antão
Autocarros: 1, 9, 31, 32, 36, 45, 46, 90
Metro: Restauradores
Igreja de Nossa Senhora de Fátima - Av.
Marquês de Tomar
Autocarros: 16, 26, 30, 56
Metro: Campo Pequeno
Igreja Evangélica Alemã - Av. Columbano
Bordalo Pinheiro, 48
Autocarros: 16, 26, 31, 46
Metro: Praça de Espanha
Igreja da Ameixoeira - Estrada da Ameixoeira
Autocarros: 1, 7, 36
Metro: Ameixoeira
Basílica da Estrela - Largo da Estrela
Eléctricos: 25, 28
Autocarros: 9, 20, 27, 38
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