Akademie für Alte Musik

Um nome torna-se programático...Em 1736, Johann Gottlieb Janitsch criou um círculo privado de música de câmara, intitulado Academia Musical Janitsch, que tinha sido recrutado como viola de gamba para a residência do príncipe prussiano Frederico, em Rheinsberg, perto de Berlim, escolheu o nome no espírito da antiga tradição.

Quatro anos mais tarde, Frederico já era Rei da Prússia e a Academia Janitsch tinha-se tornado numa instituição de prestígio em Berlim.

Os encontros realizavam-se todas as sextas-feiras na resiência privada de Janitsch, na Jaegerstrasse.

A interação entre os musicos, na forma de uma intensa troca de ideias musicais, definiu o conceito de "música de conjunto"tal como os músicos de Berlim o entendiam naqueles tempos - e ainda hoje.

A Akademie für Alte Musik foi fundada em 1982.

Jovens músicos de várias orquestras profissionais de Berlim - a Orquestra Sinfónica da Rádio, a Orquestra Sinfónica de Berlim e a Staatskapelle - reuniram esforços para a formação de um novo agrupamento constituído por instrumentos de época.

Assim, um novo impulso foi dado às, até então, tímidas tentaivas no sentido da interpretação autêntica da música antiga na RDA.

A Akademie fez a sua estreia com uma muito notada série de concertos na Universidade Humboldt, intitulados "Música Antiga - hoje".

Desde 1984, a Orquestra possui a sua própria série de concertos na Schauspielhaus am Gendarmenmarkt, na cidade histórica de Berlim.

A reputação da Orquestra cresceu rapidamente, tanto local como internacionalmente.

Em 1998, a Orquestra apresentou-se no Tage der Alten Musik Herne, um festival dirigido pela Westdeutscher Rundfunf Köln.

Desde essa altura o agrupamento realizou digressões pela Suíça, Áustria, Holanda, Bélgica, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Chipre, Egipto, Síria, Isreal, Jordânia, Rússia e pelos Estados Bálticos.

Gravou para as editoras Capriccio e Deutsche Schallplatten Berlin (Berlin Classics), assim como para numerosas estações de rádio e televisão.

Desde o Outono de 1994 a Akademie für Alte Musik grava em exclusivo para a Harmonia Mundi France.

A gravação da Missa em Si menor de Johann Sebastian Bach, com o maestro René Jacobs, foi premiado com o Deutscher Schallplattenpries de 1994.

A Akademie für Alte Musik é democrática na sua estrutura e trabalha sem um director permanente.

As decisões artísticas, incluindo a sua programação e os aspectos interpretativos e estécticos em geral, são tomadas colectivamente.

O seu carácter é tanto influenciado por esta vitalidade regeneradora e pela abertura intelectual dos seus membros, como pelo trabalho desenvolvido com artistas como:

  • Reinhard Goebel

  • Andreas Staier

  • Monica Hugget

Desde a queda do muro de Berlim, a orquestra tem sido associada com o Coro de Câmara RIAS, dirigido por Marcus Creed.

Actualmente, a sua parceria com Andreas Scholl torna-se cada vez mais importante.

A Akademie für Alte Musik domina um largo e invulgar repertório de música de câmara e orquestral.

No entanto, dedica particular atenção à música composta para a corte de Berlim durante o séc. XVIII.

Um CD produzido pela Berlim Classics inclui uma selecção destas obras.

Para além do famoso Carl Philipp Emanuel Bach, a orquestra tem a intenção de trazer para o domínio público composições longamente negligenciadas, obras de compositores como:

  • Johann Friedrich Agricola

  • Cristoph Nichelmann

  • Johann Philipp Kirnberger

  • Johann Joachim Quantz

  • Christoph Schaffrath

Este trabalho tem por base um levantamento de manuscritos do extenso arquivo da Biblioteca Estadual de Berlim.

Por outro lado, a Orquestra interpreta regularmente as grandes obras do repertório europeu, incluindo as da tradição vienense clássica e pré-romântica, até Schubert, Mendelssohn ou Brahms.

Compositores como Händel, Telemann, Rameau, Purcell, Corelli, Vivaldi e os membros da família Bach, são regularmente incluídos nos programas de concerto, assim como compositores menos conhecidos, mas ainda assim interessantes, como são os casos de:

  • Georg Benda

  • Biber

  • Boccherini

  • Campra

  • Graun

  • Homilius

  • Pepusch

  • Pisendel

  • Wassenaer

  • Zelenka

  • Jan Václav Voriek, boémio contemporâneo de Schubert

No trabalho com o Coro de Câmara RIAS, a orquestra apresentou várias interpretações de música coral sacra e profana dos séc. XVII e XVIII.

Uma particular atenção é dedicada à interpretação das oratórias de Händel.

Embora a orquestra inclua no seu repertória obras de primeira linha, como os Requiem de Mozart ou Brahms, ou a Missa em Si menor de Johann Sebastian Bach, mostra também um particular entusiasmo na descoberta e interpretação de composições esquecidas.

A primeira gravação da oratória La Conversione di Sant'Agostino de Johann Adolph Hasse, sublinha este objectivo.

O Orfeo de Telemann ou Semele de Händel, são os resultados, largamente reconhecidos, de uma cooperação contínua com a Ópera Estatal, enriquecendo o largo espectro do trabalho artístico do agrupamento.

Vários projectos de ópera dedicados a Haydn e a Mozart tiveram lugar no teatro histórico do Palácio de Frederico II em Postdam Sanssouci.

Em 1998, a Akademie für Alte Musik regressa ao Festival de Música Antiga de Innsbrucker para actuar em duas óperas como Orquestra Permanente.

Akademie für Alte Musik é composta pelos seguintes elementos:

  • Violinos: Stephan Mai, Erik Dorset, Kerstin Erben, Bernhard Forck, Georg Kallweit, Uta Peters, Midori Seiler e Dörte Wetzel
  • Violas: Anja-Regine Graewel, Clemens Nuszbaumer e Stephan Sieben
  • Violoncelos: Jan Freiheit e Antje Guesen
  • Contrabaixo: Hans Koch
  • Cravo: Raphael Alpermann
  • Flautas: Michael Schmidt-Casdorff e Christoph Runte
  • Oboés: Xenia Löffler e Saskia Firentscher
  • Trompas: Christoph Moinian e Oliver Kersken
  • Fagote: Eckhard Lenzing

(notas do programa acadciencias_13out01)

APAO - orquestras

CONCERTOS

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