JOSÉ MARIA PIRES  - BIOGRAFIA

 
JOSÉ MARIA PIRES nasceu em Torre de Vale de Todos, concelho de Ansião, a 9 de Setembro de 1931;
frequentou o Seminário de Coimbra, entre 1943 e 1953, onde fez os estudos preparatórios, cursou Filosofia e, ainda, dois anos de Teologia.
No início da sua brilhante e esforçada carreira profissional, começaria por experimentar as mais precárias  situações  económicas  e  laborais, sujeitando-se, desde logo, a ir para uma repartição pública  como  simples  praticante,  sem  qualquer remuneração,  passando, a seguir, a exercer as funções de prefeito no Externato Soares Barbosa, de Ansião, para, tempos depois, assumir sobre os seus ombros a principal responsabilidade no Patronato da Obra de Frei Gil Alferes, em Cervães (Vila Verde, Braga).
Cumpre, entretanto, o serviço militar, em Lisboa e Mafra, tendo-lhe ocorrido, certa tarde, com alguma dose de desfastio, enviar um simples postal dos correios como resposta a um anúncio de jornal, em que a Caixa de Previdência dos Empregados da Assistência solicitava funcionários; ao apresentar-se,  com  surpresa  verificou   não  existir  qualquer outro concorrente, pelo que, após prestação de sumárias provas, nesse mesmo momento recebe convite expresso para se apresentar ao serviço no dia imediato...
Aqui permanece durante aproximadamente meio ano, tendo os directores aceitado, com pesar, a sua saída para o BANCO DE PORTUGAL, para onde, entretanto, havia concorrido com sucesso.
Iria estrear-se, agora, na agência de Coimbra, não sem que tivesse de fazer valer os seus "galões", já que esteve para ser destacado para Mirandela.
Na "cidade dos seus amores" viria a permanecer ano e meio, findo o que é colocado sem Setúbal. Aqui casou com D. Maria Margarida Brazinha Soromenho, situação nova que o levou a arrendar casa (logo, despesas acrescidas, tanto mais que surgem os primeiros rebentos), o que determinou D. Margarida a ter de deixar o seu próprio emprego na Secretaria Notarial a fim de se dedicar inteiramente ao lar, o que iria obrigar, de alguma maneira, o marido, a uma sobrecarga de trabalho; vira-se, então, para as "explicações" de Latim e Filosofia - trabalho árduo, até altas horas da noite  -  e matricula-se como "voluntário"na Faculdade de Direito de Lisboa, sem nunca deixar de cumprir, escrupulosamente, o horário da instituição bancária.
Consegue,  sem qualquer adiamento e com assinalável denodo,  a Licenciatura, sem jamais ter frequentado as aulas, já que nem de tempo dispunha para tal.
Detentor do prestigiado e bem merecido grau académico, frequentou o estágio de Assistentes Técnicos do BANCO, tendo, depois, sido colocado na Sede, em Lisboa, como AssessorTécnico (jurista).
Correndo fama a sua alta competência e isenção, em breve recebeu convite do Major Costa Brás para integrar a equipa da ALTA AUTORIDADE CONTRA A CORRUPÇÃO, cargo que desempenhou por cerca de dois anos.
Do BANCO DE PORTUGAL, formulavam-lhe, entretanto, constantes convites para dar cursos de formação bancária, gratificante actividade (no dizer do próprio) em que se ocupou por diversos pontos do País, nomeadamente ern Lisboa e no Porto.
Ainda no BANCO DE PORTUGAL, ao qual esteve ligado por cerca de 40 anos , foi eleito, repetidamente, representante dos trabalhadores no Conselho de Auditoria, tendo, finalmente, coroado as suas actividades como coordenador de núcleo do Departamento de Supervisão Bancária.
Vive actualmente no Feijó, concelho de Almada.
É casado, tem dois filhos e quatro netos.
A família é lodo o seu enlevo.
Alfredo Amado
 
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