Jennifer Bate

Jennifer Bate é uma das mais importantes organistas dos nossos dias.

O seu calendário inclui a realização de recitais, concertos, conferências, cursos de aperfeiçoamento, concertos para crianças e gravações para a rádio e a televisão.

As suas apresentações em televisão no Reino Unido incluem o programa "South Bank Show", para o qual trabalhou como consultora e intérprete na emissão dedicada a Olivier Messiaen.

No estrangeiro, participou já no programa "Great Instrumentalists of the World".

Futuras actuações em televisão incluem a realização de programas dedicados à sua vida e obra, e à história do órgão e da sua música.

Jennifer Bate ajudou a desenhar um órgão de tubos portátil, construído pela companhia N. P. Mander Ld., de maneira a poder realizar digressões a solo com obras do período barroco, tocar concertos com agrupamentos e orquestras e acompanhar outros artistas.

Todos os seus recitais têm programas diferentes, concebidos de acordo com as especificações dos órgãos em que toca, de forma a exibir em cada ocasião todos os recursos tonais do instrumento.

O seu vasto repertório reflecte-se também em mais de 20 gravações, estendendo-se dos:

  • concertos de Vivaldi (Unicorn-Kanchana) - para os quais pesquisou novas edições -

  • a estreia discográfica do Concerto para órgão e Orquestra de Dickinson (EMI), em colaboração com a Orquestra Sinfónica da BBC,

  • a Metasinfonia de Panufnick (Unicorn-Kanchana) com a Orquestra Sinfónica de Londres.

Gravações a solo incluem 4 discos dedicados à música britânica para órgão (Hyperion) e outros com obras de Liszt (ASV), para além das integrais das obras para órgão de Franck (Unicorn-Kanchana) e Messiaen (Unicorn-Kanchana).

Muitas composições foram escritas e dedicadas a Jennifer Bate.

Recentemente, ela encomendou a Peter Dickinson uma obra virtuosística, Blue Rose Variations, a qual foi estreada em Nova Iorque e posteriormente filmada ao vivo aquando de um concerto no Royal Festival Hall.

Olivier Messiaen enviou a Jennifer Bate o manuscrito da sua última obra, o Livre du Saint Sacrement, para que esta artista pudesse realizar a sua estreia britânica, o que aconteceu a 7 de Outubro de 1986 na Catedral de Westminster.

Este recital foi recebido com uma longa ovação de pé e excelentes críticas.

Sete dias depois, Jennifer Bate inaugurou as prestigiosas séries de concertos com a integral da obra do órgão de Messiaen gravados pela Radio France e transmitidos ao vivo a partir de Paris perante um público convidado e com a presença do compositor.

Ao mesmo tempo que trabalhavam em conjunto nestes projectos, Olivier Messiaen convidou Jennifer Bate para fazer a primeira gravação mundial do Livre du Saint Sacrement no seu próprio instrumento, na Igreja da Saint-Trinité em Paris.

A gravação esteve a cargo da etiqueta Unicorn-Kanchana, em Maio de 1987, tendo o compositor alterado o seu calendário para assistir a todos os ensaios e sessões de gravação.

A edição desta colaboração histórica única foi recebida com críticas entusiásticas:

  • "Bate possui toda a paciência, convicção e brilhantismo que esta música exige e a gravação coroa a sua integral de Messiaen". (The Times)

  • "Timbres, acústica, interpretação e captação de som ideais". (The Sunday Times)

  • "[...] gravado de uma forma particularmente bonita [...] parece terem conseguido tudo absolutamente correcto, e podem-se escutar todos os detalhes." (Kaleidoscope, BBC)

  • "É difícil de imaginar como tudo isto poderia ser mais fielmente oferecido do que aqui. Este é um feito monumental." (The Gramophone).

Em 1975, Messiaen escreveu quando escutou Jennifer Bate pela primeira vez:

  • "Ela é uma excelente organista, não apenas pelo seu virtuosismo, mas pela sua musicalidade e sensibilidade na escolha de timbres. É uma artista completa que ama aquilo que toca e que sabe fazer com que os outros amem também."

(notas do programa prt114_16dez98)

CONCERTOS

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