Na obra de Muffat, as composições instrumentais representam a síntese mais importante depois de Froberger entre os três grandes estilos europeus: o francês, o alemão e o italiano. Muffat situa-se no topo da orquestração e organistíca do Alto Barroco na Alemanha do Sul e Áustria. Depois de ter recebido a sua formação musical em França, entra em ontacto com os mundos formais tanto italianos como alemães: ele pretendia mesmo, ser o primeiro a introduzir na Alemanha o estilo de Lully. De facto, a sua estética permanece fiel à predominância francesa, como testemunha a técnica de execução como os sons dos instrumentos de orquestra ao diapasão à francesa, em geral, mais grave que o utilizado na Alemanha no mesmo periodo. Os "Concerti grossi" de Muffat consistem fundamentalmente numa reunião feliz de elementos da Suite francesa, da Sonata de igreja italiana, da Canzona orquestral vienense e austríaca e da técnica alemã da Fuga. Burney chama-o de "um dos maiores harmonistas da Alemanha" - principalmente devido à fama que ele conquistou como organista (ele que aprendeu tanto, na sua juventude, com os mestres franceses como com Frescobaldi e Pasquini, Froberger e Kerll), e como compositor de variações e toccatas para órgãos em vários andamentos. André Pirro, em "L'Art des organistes", alegra-se ao "reconhecer quanto este organista da Alemanha do Sul está próximo dos italianos pela técnica do órgão: é verdade que ele indica quando a pedaleira deve reforçar o teclado e quando deve tocar sozinho, mas ele também deve admitir, como Frescobaldi, que escreve sopra i pedali e senza; apesar de evitar usar teclados separados". (notas do CD "ORGUES HISTORIQUES / FRANCE - MALAUCÁNE" 1989) |
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