Pouco depois foi para Viena, onde estudou piano com Czerny e composição com Salieri. Famoso em toda a Europa como pianista virtuoso, quer das suas próprias obras, quer das dos outros compositores, fixou-se em 1848 em Weimar, com a Princesa Caroline Wittgenstein, por quem se apaixonara, e ali dirigiu a ópera e a orquestra locais até 1861. Viveu depois alternadamente em Roma, Budapeste e Weimar, tendo recebido ordens religiosas em 1865. Morreu em Bayreuth, durante uma visita à sua filha Cosima, que casara com Richard Wagner. Liszt é hoje considerado o criador da moderna técnica pianística, tendo-nos legado nesse domínio uma obra vastíssima, que inclui numerosas transcrições e paráfrases de óperas, sinfonias e canções. Não foi, no entanto, um revolucionário, mas sim um inovador de génio, que "multiplicou a riqueza dos efeitos pianísticos, tanto de ordem sonora, como no domínio da mecânica, da ritmica e da dinâmica", como escreveu Claude Rostand. No campo da música sinfónica , foi também importante a sua contribuição, sobretudo no que se refere à música programática. As suas orquestrações, que revelam uma grande audácia no tratamento dos diversos instrumentos, acusam a influência de Berlioz e de Wagner, prenunciando já a música de um Richard Strauss ou mesmo de um Gustav Mahler. José Edmundson-Andrade (notas do XXXV Festival de Música de Sintra, 2000) |
|||
OBRAS TOCADAS EM CONCERTOS | |||
torreciudad_22ago03 lsb02_20set01 |