A sua apresentação em Viena em 1962, com as seis Partituras de Bach num único recital, constituiu um extraordinário êxito, sendo considerado pela crítica vienense, como especialista do grande compositor alemão. Desde então tem actuado em toda a Europa estendendo as suas tournées aos EUA, desde 1959. Em 1966 foram unânimamente destacados os seus recitais em Madrid e outras cidades, com obras de Antonio de Cabezón, na comemoração do IV Centenário da sua morte. O ,então, Director do Instituto Espanhol de Musicologia, Monsenhor Anglés, escreveu sobre estas interpretações: "Foi para mim uma grande honra e uma delícia indescritível ouvir estas versões. Somos arrebatados e transportados para outro mundo, espiritual, cheio de belezas, transbordante da arte mais sublime". Em 1967, recebe, juntamente com Nadia Boulanger, o Prémio "Juventudes musicales españolas" para a melhor interpretação da temporada de concertos de Madrid. Frederico Sopeña comentou então na ABC: "Este ano, como no passado, os concertos de António Baciero são o grande acontecimento do piano espanhol". Igualmente o grande crítico da Holanda, Jan van Voorthuysen, considerou-o " o melhor pianista da temporada" no "Haagische Courant" de Haya, também em Munich, o "Münchner Merkur" , classificava as suas versões de Bach, Mozart e dos polifonistas espanhóis como "As três grandes surpresas de António Baciero". As opiniões da Crítica e da Musicologia internacional reconhecem nele um dos mais importantes artistas da actualidade, destacando o seu empenho em promover a música barroca espanhola. Em 1975, é condecorado com o Prémio "Montaigne" da Fundação Von Stein de Hamburgo, criado para as contribuições dos países mediterrâneos à cultura europeia. Participando naquele ano, em França, no programa do centenário de Albert Schweitzer e recebendo a tarefa de gravar a obra integral do grande músico espanhol António de Cabezón, tanto em piano como em órgãos históricos espanhóis e em diversos instrumentos das colecções instrumentais de Paris (Museu do Conservatório), Londres (Victoria and Albert Museum e Fenton House) e Nuremberga (Museu Nacional Germânico), edição discográfica realizada pela Hispavox, em 15 discos que alcançaram o Prémio Nacional do Disco, em 1979 e 1983. Tem actuado em todos os países europeus e principais emissoras de rádio e televião. As sua tournées na União Soviética foram um grande êxito, destacando-se o ciclo de música espanhola celebrado no Conservatório Tschaikowsky de Moscovo em 1982. A sua actividade de musicólogo também é grande e encontar-se recolhida em diversas publicações. Entre elas, merece evidenciar, a "Nueva Biblioteca Española de Musica de teclado" (séc. XVII e XVIII), em cujos primeiros oito volumes, foram recolhidas 500 obras inéditas de autores espanhóis. Juntamente com as suas versões de Bach, Mozart e românticos vienenses, são também muito aplaudidos os seus programas de música espanhola. Sobre a arte interpretativa de Baciero, podem ajudar os seguintes juízos da crítica inglesa:
Os seus trabalhos, sobre o repertório barroco espanhol, têm sido numerosos e como especialista tem realizado frequentes concertos nos órgãos históricos espanhóis , entre os quais cabe destacar a obra integral de Cabezón celebrada em 1975 com a Universidade Autónoma de Madrid (Terceiro Ciclo de grandes autores e interpretes) em 10 recitais, e as suas recentes gravações nos instrumentos originais do Museu Nacional Germânico de Nuremberga e do Metropolitan Museum de Nova Iorque. É membro de honra do:
e oficial da Academia Francesa PAHC (Patrie, Art, Humanisme, Civisme) Recentemente recebeu a:
É Presidente da Sociedade Hispânica de Música Barroca. Tem gravado para as etiquetas discográficas RCA, Ensayo, Etnos, Telefunken-Decca, Hispavox e Titanic Records. (notas do CD "MÚSICA DE TECLADO DE ESPAÑA, PORTUGAL E IBERO-AMÉRICA",1994) |
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