ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA AMIGOS DO ÓRGÃO

“TUDO O QUE VOCÊ QUERIA SABER SOBRE O ÓRGÃO,

                                                                                                    E TEVE MEDO DE PERGUNTAR…”

António Mota Novembro de 2000  - 12/21

Ou

“34 Perguntas Embaraçosas sobre Órgãos de Tubos”


Da Regra do Uso da Celesta

P20: E o que é isso do “celeste”, Mestre?


R20: Qualquer registo com o nome “celeste” pode ser de fila única ou de 2 filas (2 tubos por nota), caso tenha o número romano “II” inscrito no puxador/botão.

No primeiro caso, a afinação dos tubos encontra-se feita ligeiramente acima do diapasão dos restantes tubos do Órgão, pois este registo é para ser usado não isoladamente mas combinado com outro registo, para provocar um efeito de ondulação, muito ao gosto romântico. Mas atenção que: (i) só deve ser combinado com um (e apenas um, em princípio) outro registo da mesma família, (ii) da mesma altura (normalmente 8’) e (iii) que lhe esteja fisicamente próximo, pertencente à mesma secção/teclado, portanto, para que o fenómeno resulte acusticamente, e o ouvido não distinga que há 2 fontes sonoras (uma das quais “desafinada”!). No caso particular da Voz Celeste, deve ser misturada com uma Gamba (simplificação de Viola da Gamba) para se obter uma Corda Celeste.

Paralelamente, existem também registos de Flauta Celeste, a serem combinados com uma Flauta. Mas caso o nome do registo “celeste” seja de 2 filas então a combinação desse registo com o seu “parceiro” já está feita.

Outro exemplo destes registos “ondulantes” é o Unda Maris.

Caso a partitura peça uma “celesta” mas ela não exista no Órgão, pode-se recorrer ao efeito de trémulo do Órgão para se tentar obter uma sonoridade parecida.

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