Le Concert des Nations

Fundado em 1989 para colaborar com La Capella Reial de Catalunya, Le Concert des Nations é o mais recente agrupamento dirigido por Jordi Savall.

Inspirado por Les Nations, título da obra de François Couperin, o grupo representa a união dos "gostos" e também a concepção de uma Europa da arte possuidora de fundas raízes e que leva a marca do "Século das Luzes".

Respondendo à necessidade de dispor de uma orquestra com instrumentos de época, capaz de interpretar o repertório orquestral e sinfónico desde o Barroco até Romantismo (1600 a 1850), Le Concert des Nations é a primeira orquestra com estas características, formada por músicos jovens e marioritariamente originários de países latinos (espanhóis, hispano-americanos, italianos, portugueses, franceses, etc., sem exclusão de outras nacionalidades) todos eles especialistas de alto nível na interpretação com instrumentos antigos.

O impacto alcançado pelas suas gravações e concertos, realizados nas principais cidades e festivais de música durante os últimos dez anos, fazem de Le Concert des Nations uma das melhores orquestras actuais com instrumentos originais, capaz de abordar um repertório ecléctico e diversificado.

O desejo de dar a conhecer um repertório histórico de grande qualidade, a partir de interpretações simultaneamente rigorosas e revitalizantes, é patente desde as primeiras obras gravadas por Le Concert des Nations :

  • Canticum ad beatam Virginem Mariam de Charpentier
  • Suites para Orquestra e os Concertos Brandeburgueses de J.S. Bach
  • As Sete Últimas Palavras de Cristo na Cruz, de Haydn
  • Requiem de Mozart (com a Capella Reial de Catalunya)
  • Music for Royal Fire Works e Water Music de Händel

produções que são consideradas referências pela maioria da crítica internacional.

Numa segunda etapa seguiram-se:

  • Alcione
  • Suites des Airs à Joüer de Marin Marais
  • a obra orquestral de J. C. Arriaga
  • Sinfonia Heróica e a Abertura Coriolamo de Beethoven
  • The Fairy Queen de Purcell
  • Suites para Orquestra de G. Dumanoir
  • L'Orchestre du Roi Soleil, com obras de Lully
  • Missa Bruxellensis de Heinrich von Biber, gravada no Festival de Salzburg de 1999

todos editados por Alia Vox, a etiqueta exclusiva de Jordi Savall.

Com Una Cosa Rara, a famosa ópera de Vicente Martín y Soler, Le Concert des Nations e a Capella Reial de Catalunya estrearam o género operático: esta obra foi representada e gravada no Gran Teatro del Liceo de Barcelona, em 1991, e posteriormente executada em Viena, em 1997.

Seguiu-se, com a aclamação do público e da crítica, a primeira representação de Orfeo de Claudio Monteverdi, em 1993, no mesmo Teatro del Liceo de Barcelona (com cenografia de Gilbert Deflo).

Esta ópera foi representada no Teatro Real de Madrid na abertura da temporada operática de 1999-2000, tendo sido calorosamente acolhida pelo público e pela crítica.

Outra realização operática de grande êxito foi a estreia mundial, em 1995, da primeira ópera vienense de Martin Y Soler, Il Burbero di Buon Cuore, sobre um libreto de Goldoni e Da Ponte (também com cenografia de Gilbert Deflo) no Teatro da Ópera de Montpellier.

Entre os próximos projectos destaca-se a gravação da ópera Celos aun del ayre matan de Juan Hidalgo, sobre libreto de Calderon de la Barca, uma estreia mundial absoluta.

Além disso são de assinalar os numerosos concertos realizados em 2000, durante os quais Le Concert des Nations actuou em Viena, Paris, Nova Iorque, Boston, Los Angeles, Madrid, Barcelona, Corunha, Lisboa, Reggio-Emilia, Roma, Milão, Bruxelas, Salzburg, Ambronay, Halle, Regensburg e Postdam, com obras de:

  • Rameau,
  • Corelli,
  • Cabanilles,
  • Monteverdi
  • Martin y Soler.

Le Concert des Nations é composta pelos seguintes elementos:

  • Concertino: Pablo Valetti
  • Violinos: Davide Amodio, Santi Aubert, Mauro Lopes, Isabel Serrano, David Plantier, Lidia Cavodalli, Silvia Mondino e Alba Roca
  • Violas: Angelo Bartoletti, Natan Paruzel e Giovanni De Rosa
  • Violas de gamba: Sergi Casademunt e Sophie Watillon
  • Violoncelos: Emmanuel Jacques, Maya Amrein e Laura Folch
  • Contrabaixo: Xavier Puerta
  • Flautas:Charles Zebley e Yifen Chen
  • Clarinetes: Diego Montes e Guy Van Wass
  • Trompetes: Guy Ferber e Roland Callmar
  • Trompas naturais:Thomas Müller e Raúl Díaz
  • Oboés: Alfredo Bernardini e Xavier Blanch
  • Fagote: Josep Borràs
  • Contrafagote: Alberto Grazzi
  • Tiorba: Xavier Díaz
  • Percurssão: Pedro Estevan e Dimitri Psonis

(notas do programa gulbenkian_01out01)

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