Les Arts Florissants

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Conjunto de cantores e de instrumentistas dedicados à música barroca, fiéis à interpretação em instrumentos originais, Les Arts Florissants são, na sua especialidade, uma das formações de maior reputação na Europa e no mundo.

Fundado em 1979, e dirigido desde então pelo cravista e director de orquestra franco-americano William Christie, retira o nome de uma pequena ópera de Marc-Antoine Charpentier.

Les Arts Florissants desempenharam um papel pioneiro, ao impor na paisagem musical francesa um repertório até então mal conhecido (exumando nomeadamente os tesouros das colecções da Biblioteca Nacional de França) e hoje em dia largamente interpretado e admirado: não só o Grand Siècle francês, mas de uma forma geral a música europeia dos séculos XVII e XVIII.

Depois do triunfo de Atys de Lully na Ópera Comique, em 1987, foia cena lírica que assegurou a Les Arts Florissants os maiores sucessos com:

  • Rameau (Les Indes Galantes em 1990 e 1999, Hippolyte et Aricie em 1996)

  • Charpentier (Médée em 1993 e 1994)

  • Händel (Orlando em 1993, Acis e Galatea em 1996, Semele em 1996 e Alcina em 1999)

  • Purcell (King Arthur em 1995)

  • Mozart (A Flauta Mágica em 1994, O Rapto do Serralho, na Ópera do Reno, em 1995)

  • Monteverdi (Il Ritorno d'Ulisse in Patria, em 2000 e 2002).

Nas produções em que participaram, Les Arts Florissants foram associados a grandes nomes como:

  • Jean-Marie Villégier

  • Robert Carsen

  • Alfredo Arias

  • Pier Luigi Pizzi

  • Jorge Lavelli

  • Adrian Noble

  • Andrei Serban

  • Greham Vick

e os coreógrafos:

  • Francine Lancelot

  • Béatrice Massin

  • Ana Yepes

  • Shirley Wunne

  • Maguy Marin

  • François Raffinot

  • Jirí Kylián.

A actividade lírica não deve no entanto mascarar a vitalidade de Les Arts Florissants em concerto e em disco, como o provam as numerosas e marcantes interpretações de óperas em versão de concerto:

  • Zoroastre, Les Fêtes d'Hébé de Rameau

  • Idomémée de Campra

  • Jephté de Montéclair

  • Il Sant'Alessio de Landi

  • Orfeo de Rossi

obras seculares de câmara:

  • Actéon, Les Plaisirs de Versailles, Orphée aux Enfers de Charpentier

  • Dido e Aeneas de Purcell

música sacra:

  • Grandes Motetes de Rameau, Mondoville e Desmarest

  • Oratórias de Händel, O Messias, Israel no Egipto e Theodora

assim como o conjunto do repertório coral.

Les Arts Florissants abordaram igualmente o repertório contemporâneo, estreando em 1999 Motets III - Hunc igitur terrorem de Betsy Jolas por ocasião do seu vigésimo aniversário.

A discografia de Les Arts Florissants é igualmente rica, depois do período Harmonia Mundi, editora para a qual gravaram mais de 40 títulos, o contrato de exclusividade com a Warner (Erato), desde 1994, permitiu gravar mais de 20 títulos, frequentemente distinguidos pela crítica especializada, destacando-se a atribuição do Prémio Gramophone por 4 vezes.

O último lançamento, intitulado Les Divertissements de Versailles, inclui grandes cenas líricas de Lully.

Com residência priveligiada, à mais de 10 anos, no Teatro de Caen, Les Arts Florissants apresentam todos os anos uma temporada de concertos na região da Baixa-Normandia.

O agrupamento assegura, ao mesmo tempo, uma larga difusão nacional, desempenhando um papel activo como embaixador da cultura francesa no estrangeiro (apresentando-se regularmente na Academia de Brooklyn, no Lincoln Center de Nova Iorque, ou no Barbican Centre de Londres).

Os projectos internacionais mais recentes traduziram-se numa colaboração com a Philharmonic de Berlim, em Outubro de 2001, e incluem uma digressão no Japão e no Sudueste asiático em Fevereiro de 2003.

Les Arts Florissants são subsidiados pelo Ministério da Cultura, a cidade de Caen e o Conselho Regional da Baixa-Normandia e patrocinados por Morgan Stanley.

O agrupamento Les Arts Florissants é composto pelos seguintes elementos:

  • Violinos: Florence Malgoire (1º violino), Myriam Gevers, Sophie Gevers-Demoures, Catherine Girad e George Willms
  • Violas: Simon Heyerick, Martha Moore, Michel Renard e Galina Zinchenko
  • Violoncelos: Paul Carlioz, David Simpson e Alix Verzier
  • Viola de gamba: Anne-Marie Lasba
  • Contrabaixo e violone: Jonathan Cable
  • Oboé: Pier Luigi Fabretti e Michel Henry
  • Flautas: Sébastien Mark e Charles Zebley
  • Fagote: Rhoda-Mary Patrick
  • Pecussão: Marie-Ange Petit
  • Cravo e Órgão: Benoît Hartoin
  • Teorba: Brian Feehan
  • Baixo contínuo: David Simpson, Anne-Marie Lasla, Jonathan Cable, Benoît Hartoin e Brian Feehan

(notas do programa lsb25_17nov02)

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