Marcos Fink, barítono

Marcos Fink nasceu em Buenos Aires, no seio de uma família eslovena onde o canto esteve sempre presente.

A actividade musical do seu pai no Fink Quartet encorajou-o a participar em coros desde tenra idade.

Terminado o liceu, matriculou-se na Faculdade de Agronomia, começando simultaneamente a sua aprendizagem vocal com Ivan Ivanov e Victor Srugo.

Durante dez anos, pertenceu ao grupo coral esloveno Karantania, dirigido por Maria Fink-Gerzinic.

Cantou os seus primeiros papéis como solista no Coro Polifónico Nacional Argentino.

Adquiriu experiência como actor, participando nas obras teatrais representadas na Associação Cultural Eslovena em Buenos Aires.

Em 1985 decidiu começar a sua carreira de cantor solista, mas dando continuidade à sua aprendizagem com vários mestres europeus: W. Schöne (Academia Bach de Estugarda), Ph. Huttenlocker, A. Baldin e E. Werba, entre outros.

Durante este período e enquanto ensinava zoologia agrária na Faculdade de Agronomia, foi membro de diversos grupos de câmara:

  • Camerata Monteverdi,

  • Grupo Vilo,

  • Camerata Vocale

  • Academia Bach de Buenos Aires.

Em 1988 recebeu a bolsa da Shell Argentina, concedida pelos "Festivales Musicales de Buenos Aires", que lhe permitiu viajar até Londres onde alargou o seu reportório sob a orientação de Heather Harper e Robert Sutherland.

Concluída a sua formação, foi convidado a cantar na Europa pela primeira vez.

A partir de então, cantou sob a direcção de:

  • Michel Corboz,

  • Alain Lombard,

  • Hans Graf,

  • Leopold Hager,

  • Theodor Guschlbauer,

  • Uwe Mund,

  • Markus Stenz,

  • Donato Renzetti,

  • Semyon Bychkov,

  • Sylvain Cambreling,

  • Pinchas Steinberg,

  • Rene Jacobs,

  • Martin Haselböck,

  • Günther Teuring,

  • Rolf Beck,

  • Milan Horvat,

  • Anton Nanut,

  • Marko Munih,

  • Uros Lajavic

  • Lior Chambadal

  • entre outros importantes maestros.

Em 1990, Marcos Fink fez a sua estreia operática na Grosses Festspielhaus, em Salzburgo, tendo-se tornado solista do Landenstheater onde,  durante o 200º aniversário de Mozart, representou, entre outros, os papéis de Figaro e Leporello.

Dois anos mais tarde cessou esta ligação institucional, tendo recebido desde então convites para se apresentar em importantes teatros de ópera em Paris, Basileia, Bordéus, Estrasburgo, Catania, Trieste, San Sebastian, Frankfurt e Liubliana.

Participou como solista em vários CDs editados em França:

  • Golgotha (Cristo) de Frank Martin, sob a direcção de Michel Corboz

Também gravou:

  • Missa da Coroação de Mozart, com Leopold Hager
  • Petite messe solennelle de Rossini, com Rolf Beck
  • Musica imperialis de Leopold I, com Martin Haselböck
  • Don Giovanni (Leporello)
  • Così fan tutte (Don Alfonso) de Mozart, com Alain Lombard
  • Flores argentinas de Guastavino, com o pianista Luis Ascot
  • bem como várias composições pertencentes à colecção Música sacra Slovenica, uma antologia preparada por Mirko Cuderman.

Para a produção discográfica da Radio Slovenia gravou três ciclos de Schubert:

  • Die schöne Müllerin, Winterreise e Schwanengesang ( em versões eslovenas)
  • Christmas Mysteries de Stanko Premrl
  • Dichterliebe e Liederkreis op.39 de Schumann, com a pianista Natasa Valant.

Em 1998 foi galardoado pela Academie du Disque Lyrique, em Paris, com o Orphee d' Or para melhor intérprete de Winterreise de Schubert:

Em 1999 esta academia premiou também a nova gravação de Don Giovanni de Mozart, dirigida por Alain Lombard, com Marcos Fink no papel de Leporello.

Neste mesmo ano, Marcos Fink e Natasa Valant receberam o Prémio Nacional Cultural da Eslovénia "Presernov sklad".

Em Liubliana, Marcos Fink participa regularmente no produção e gravação de oratórias de autores eslovenos e europeus, com o Coro de Câmara Esloveno, a Filarmónica da Eslovénia e a Orquestra Sinfónica da Rádio e Telivisão da Eslovénia.

(notas do programa alcobaça_12abr03)

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